domingo, 11 de março de 2018

A ESPELUNCA

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Há dias, falei do convite a Passos Coelho para docente do ISCPS, recordando que quem contesta o facto o faz por razões de oligofrenia, entre outras mais graves.
Hoje, Alberto Gonçalves fala do assunto no "Observador" e escreve assim:

Entre os que criticam a futura docência de Pedro Passos Coelho, existem os que o fazem por corporativismo (a tralha que atafulha as universidades é muito endogâmica), os que o fazem por perseguição política (a vigilância ideológica anda apertada) e os que o fazem por saloiice (os simples julgam que o “ensino superior” é um desfile de génios). E existo eu, que por razões ligeiramente distintas também acho repulsiva a ida de Pedro Passos Coelho para uma coisa chamada ISCSP.
Dez segundos de pesquisa bastaram para perceber que ISCSP significa Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, detalhe já de si desencorajador. Mais um minuto no Google e constatei que o ISCSP abriga uma coisa intitulada Centro Interdisciplinar de Estudos de Género, detalhe capaz de suscitar calafrios. Ao fim de três minutos, descobri que o ISCSP, em colaboração com outras excelsas instituições, será pioneiro em doutoramentos nos tais estudos de género, detalhe que lança o pânico desenfreado.
Não precisei de pesquisar para ter a impressão de que, pelos padrões da política, Pedro Passos Coelho é um homem decente. Se tenciona continuar a sê-lo, não juntará o seu nome a semelhante espelunca. É necessário ganhar a vida? Há profissões dignas.

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Está dito.
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