quinta-feira, 17 de agosto de 2017

ESTOU COM PÍNDARO

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Dario, Rei da Pérsia, quando tinha gregos de passagem na corte, perguntava-lhes por quanto dinheiro seriam eles capazes de comer os cadáveres dos pais. A resposta era sempre a mesma: por nenhum dinheiro do mundo!
Mais tarde, na presença de gregos, perguntou a indianos de uma tribo chamada das Callatias 
 que comiam de facto os cadáveres dos pais  por quanto dinheiro os queimariam (costume dos gregos), ao que respondiam com gritos de horror, pedindo-lhe que não falasse sequer nisso.
O historiador grego Heródoto, que conta esta conversa, cita o poeta Píndaro quando este dizia: "O costume é rei de tudo". E acrescentava: "Não existe maneira de dizer que um lado está certo e o outro errado — não há resposta certa. Cada grupo tem o seu código de costumes".
Situações como esta podem dar pano para meses de discussão e conversa; mas, em boa verdade, será discussão e conversa infinita, inútil, estéril e inconclusiva. O mais sensato parece ser o poeta Píndaro cuja perspectiva, em termos práticos, pode ser útil em muitas situações da vida.

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