sábado, 21 de janeiro de 2017

A MIM NÃO ME ENGANAS TU

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Segundo os jornais, Hélder Bataglia, arguido no processo judicial decorrente da "Operação Marquês", terá declarado ao Ministério Público que o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, lhe pediu para transferir 12 milhões de euros para a conta do empresário Carlos Santos Silva.
De supetão — e inesperadamente  — a defesa de José Sócrates disse hoje serem “falsas, destituídas de qualquer fundamento e verdadeiramente absurdas” as notícias sobre um alegado depoimento prestado no inquérito da "Operação Marquês" que implica o ex-primeiro-ministro José Sócrates.
Digo inesperadamente porque na notícia sobre Bataglia não há qualquer referência a Sócrates. Porque se sentem incomodados os seus advogados pelo facto de se dizer que Carlos Santos Silva recebeu dinheiro "sujo" de Ricardo Salgado? Não percebem que estão a dar o flanco ao associarem eles próprios Santos Silva a Sócrates?
Há aspectos naquele processo que terão pouco valor probatório em termos legais, por não preencherem com rigor exigências jurídicas. Mas manda o bom senso ter dúvidas e fortes suspeitas face à versão das "histórias"  inverosímeis contadas por Sócrates e seus advogados, "sócios" e "amigos". A anedota do pingo de solda nos olho do canalizador repete-se a toda a hora.
Muitos inocentes têm  sido condenados ao longo da História por tribunais isentos e rigorosos; mas também muitos culpados foram absolvidos pelos mesmos tribunais por falta de provas com rigor forense. O cheiro do rato morto não prova em tribunal que o rato morreu. Mas quem o cheira tem poucas dúvidas.
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