segunda-feira, 27 de abril de 2015

O MAL É ANTROPOLÓGICO

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A propósito do agora divulgado relatório "Uma Década para Portugal", apresentado pelo PS, onde se vislumbra a tendência keynesiana  de muito investimento do Estado para criar mais emprego e pôr fim à austeridade, Villaverde Cabral escreve no "Observador":

[...] Ora, nada disso vai acontecer, como não aconteceu antes da bancarrota, quando o único freio ao desemprego era o aumento da dívida provocado pelo investimento estatal e os empregos públicos! Nem o Estado irá ter dinheiro para isso nem a austeridade vai terminar, se por austeridade se entender, como a maioria dos mortais entende, viver com o rendimento que conseguirmos angariar.

Não concordo com a política do actual Governo, como já aqui escrevi, pois não corta despesa onde deve e só mete a faca—escandalosamente—onde a carne é pouca mas não tem osso. Contudo, voltar ao esquema do endividamento socrático, é de loucos e é isso que se receia no "Syriza Costaneira".
Enquanto a esquerda socialista não entender, "como a maioria dos mortais entende", que austeridade é "viver com o rendimento que conseguirmos angariar", não há nada a fazer—o bem só dura até acabar o dinheiro dos outros. Já constatamos isso três vezes em 40 anos, mas o povo continua a votar neles com a louvável e heróica esperança de que, repetindo a burrice, eles aprendam. Não aprendem: aquilo é genético e só uma mutação no epigenoma resolve—está escrito nas leis da natureza.
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