quarta-feira, 22 de abril de 2015

DERRAPAGEM MÍNIMA NO DÉFICE ?

.Hoje lê-se no "Público":

"Será possível recuar nas medidas de austeridade ao dobro da velocidade prometida pelo Governo, tomar novas medidas para aumentar o rendimento disponível dos portugueses e, ao mesmo tempo, garantir que a derrapagem no défice seja mínima e apenas no curto prazo? Os 12 economistas escolhidos pelo PS para traçarem um cenário macroeconómico para os próximos quatro anos acham que sim."

Não sou economista, muito menos escolhido pelo PS (cruzes canhoto!), mas também acho que a primeira parte do referido é possível, ou seja, recuar nas medidas de austeridade ao dobro da velocidade prometida pelo Governo e tomar novas medidas para aumentar o rendimento disponível dos portugueses. A dúvida assalta-me quando se fala de, ao mesmo tempo, garantir que a derrapagem no défice seja mínima e apenas no curto prazo.
Todos conhecemos de ginjeira a prestidigitação orçamental dos socialistas em geral, e dos socialistas portugueses em particular, com currículo de se lhes tirar o chapéu: por três vezes, em 40 anos, já levaram a Pátria à glória—são especialistas nisso e quem vier atrás que feche a porta. Como dizia essa nulidade chamada Zezito, também conhecido por 44, a dívida não se paga—gere-se ou administra-se, dizia ele, no tempo em que ainda dizia alguma coisa.
Não sei se existe qualquer adágio do tipo diz-me como governas a tua casa que eu dir-te-ei como governas o dinheiro dos outros; mas, se não existe, devia existir. Falo nisto porque li recentemente que o PS tem uma dívida à banca de 11 milhões de euros e vai hipotecar algumas sedes para pagar compromissos daí resultantes. Contudo, tal não inibe o partido de pedir novo empréstimo para pagar a campanha eleitoral que aí vem. Isto é, os socialistas—em casa—também estão a "garantir que a derrapagem no défice seja mínima e apenas no curto prazo". Óh égua!...
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