sábado, 28 de março de 2015

OLHA O PASSARINHO

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Não há situação social e política que não seja complicada, passível de abordagem de ângulos diferentes, difícil de descrever em meia dúzia de linhas, ou sujeita a críticas de falta de isenção e independência. É verdade. Mas casos há em que os factos falam por si. Um deles é o da Venezuela, do "Socialismo Bolivariano".
A inflacção prevista para este ano é de 200% e o País caminha para o incumprimento das obrigações da dívida. Se o preço do petróleo continuar como está—e prevê-se que assim seja—dentro de 12 meses, a Venezuela ou não paga os juros (4,84 mil milhões), ou não dá de comer ao povo. Este ano, o valor do défice do orçamento terá dois algarismos e a economia vai sofrer uma contracção de 7%.
Segundo estudo conjunto das universidades "Simon Bolivar", "Central da Venezuela" e "Católica de Caracas", já antes da queda do preço do petróleo o País tinha recuado até aos níveis de pobreza e miséria de 1998—início do chavismo.
No comércio, em cada dez produtos procurados, seis não existem, o que criou dois novos tipos de posto de trabalho: os que vivem de guardar lugar nas bichas dos supermercados para depois o vender a quem não tem tempo para passar lá horas; e os que revendem comida nos bairros pobres, com lucro de 150% e mais.
Tudo isto é "temperado" com detenções arbitrárias e tortura dos opositores ao regime; negação de papel à imprensa hostil; não renovação das licenças da rádio e de televisão e por aí fora—um "fassismo"!
Se perguntarem aos syrízicos portugueses notícias daquele país, o vento cala a desgraça, o vento nada lhes dizhá muita gente distraída.            
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