sábado, 26 de julho de 2014

LOBOS !

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Na crónica de hoje, no DN, Anselmo Borges, depois de uma citação de Marco Politi, escreve assim:

[...] A citação é tirada do livro Francesco tra i Lupi (Francisco entre os Lobos), que também dá título a esta crónica, do vaticanista famoso Marco Politi. A finalidade da obra é, de modo fino, denunciar a oposição silenciosa a Francisco por parte de vários grupos ultraconservadores, na Cúria e fora dela. "Os lobos espreitam a revolução pacífica de Francisco", usando a sua personalidade latino-americana para desprestigiá-lo. "Fala como um pároco de aldeia", diz um cardeal. Muitos não digeriram que se não tenha transferido para o palácio papal. São muitas as oposições, concretamente em sítios ultratradicionalistas da net, acusando-o de "demagogia, populismo, pauperismo, levar a uma "protestantização" da Igreja, diminuir o primado papal"[...].

E mais adiante:

[...] Criticam-no por dar entrevistas a jornais, por criticar tanto os padres, por tanta insistência na misericórdia, atenuando o rigor doutrinal, por infringir o protocolo. "Há muita resistência passiva, inércia. Não se faz nada. Esperam".  Afinal, "os Papas passam, a Cúria permanece". [...]

Não tenho lido muito—tão capaz de pôr o dedo na ferida—como a prosa de Marco Politi citada. Tiro-lhe o chapéu. O que Francisco faz neste momento no Vaticano já devia ter sido feito há séculos, para tranquilidade dos fieis menos esclarecidos e desinfestação de "beatas" e "beatos" e dos que estão preocupados com o "rigor doutrinal", a "infracção do protocolo" e a "insistência na misericórdia".
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