quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O GATO DE SCHRÖDINGER

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A frase em baixo diz: Múltiplos estados quânticos simultâneos pôr-te-ão assim.

Falei ontem de Schrödinger e da experiência do gato que se tornou conhecida em todo o mundo científico e um ícone do físico. A ideia surgiu da imprevisibilidade dos fenómenos na Física Quântica, expressos numa teoria chamada" Interpretação de Copenhague", concebida por Niels Bohr e Werner Heisenberg que trabalhavam juntos na Dinamarca. Enquanto na Física de Newton é possível prever, grosseiramente e em geral, a situação dum corpo em determinado momento, por exemplo a posição duma pedra atirada em direcção conhecida com a força F, na Física Quântica as coisas não são assim—conhecendo a massa dum electrão e as forças a que está sujeito, não se consegue antecipar qual a sua posição no momento Y—é mais ou menos isto, com descrição mais apurada em linguagem dos intelectuais do mundo subatómico.
Einstein, que em companhia de Podolsky e Rosen também se meteu nesta tralha (metia-se em tudo, mesmo no que não devia), considerava que a superposição quântica—assim se chama o fenómeno da incerteza—dum barril de pólvora, ao fim de algum tempo contem os componentes explodido e não-explodido.  Uma trapalhada, mas isso não interessa.
Então, Schrödinger ilustrou o problema. Dizia que se metermos um gato numa caixa fechada, juntamente com um elemento radioactivo, um contador Geiger de radiação e um frasco de veneno capaz de libertar este  se a radiação ultrapassar certo limiar, ficamos à espera que o gato morra. Mas dado o facto da caixa estar fechada e a superpotência dos fenómenos subatómicos—neste caso o decaimento do átomo—em cada momento não sabemos se o gato já morreu e temos de considerar que o gato está vivo e morto, como acontece nos fenómenos subatómicos.
Se o leitor percebeu, felicito-o. Se não percebeu, felicito-o ainda mais—com uma explicação destas, só percebe se for burro. Mas obrigado pela atenção!
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