quarta-feira, 22 de maio de 2013

POR FALAR EM 'ZOMBIES' . . .

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Tenho a minha mente—que conheço—e tu tens a tua que não conheço. Em boa verdade, embora saiba que tenho mente, não posso afirmar que tu também tens uma: não sei se és um zombie com aspecto e comportamento semelhante ao meu! O que conheço de ti é o comportamento. É  a tua dor igual à minha? O teu dó igual ao meu? O mesmo para a saudade, o arrependimento, a visão do mundo e por aí fora. O vermelho que vês é o mesmo a que chamo vermelho, mas ignoro se o vês como eu. Eventualmente, chamas vermelho aquela cor e estás a vê-la como a que chamo verde e vice-versa. Não sei até se a única mente que existe no universo não é a minha—uma raridade!—e vocês, gente normal, são todos zombies.
É estúpida a conversa? É um nadinha estúpida, sim senhor. Mas façam favor de dizer onde ela é irracional. Dirão: é irracional porque está mesmo a ver-se, pelo comportamento, que a "caixa dos pirolitos" dos outros funciona como a minha, que eu não ia ser diferente assim, blá, blá, blá? Na realidade, essa é conversa que não tem ponta por onde se pegue, preconceituosa e enviesada.
Provem que não sou diferente de toda a gente e não funciono de outra maneira. Com o Vítor Gaspar é fácil mas, comigo ou contigo, é impossível. Por isso já sei—o homem é que é zombie ou mutante. Temos de o apresentar no próximo congresso de Psicologia. Mais um Prémio Nobel para Portugal! Tal e qual.
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