sexta-feira, 25 de maio de 2012

RELVADO

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O Relvas recebia relatórios diários, ou coisa parecida, com informação classificada, do “super-espião”. Porquê, e por alma de quem, não se sabe; mas recebia, pronto.
Primeiro, o Relvas não se lembrava que recebia. Depois, já se lembrava, mas lembrava-se que não ligava nada àquilo – até não respondia ao remetente, pronto.
Agora, Adelino Cunha, adjunto político do Relvas, demitiu-se, depois do Ministério Público ter encontrado mensagens suas no telemóvel do “super-espião” – eh, eh, eh...! Não fosse o Ministério Público, o Cunha ficava calado como um rato. E porque ficava calado? Pois, porque mantinha contactos com o “super-espião” por sua iniciativa. Era uma fé que ele tinha – até havia escrito uns artigos sobre serviços de informações. De qualquer forma, o Relvas não sabia daquela fé, pronto.
Isto é, o Cunha já marchou em passo de corrida, mas o Relvas aguarda melhores dias; ares mais desanuviados, pronto!
Estamos entregues a relvas piores que a relva do Estádio de Alvalade, sem ofensa para os lagartos. Costumo dizer que o Tozé Seguro é bom rapaz, mas uma escopeta de carregar pela boca. O Pedro Passos Coelho também é bom rapaz, mas mais do género espingarda de pressão de ar: não tem pedalada para acompanhar o Relvas nas subidas e o Relvas toma o freio nos dentes e faz o que quer; normalmente asneiras.
Iluminai-os, Senhor, para nossa salvação. Salvação das almas mas, nesta conjuntura, sobretudo dos corpos.
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