sexta-feira, 27 de abril de 2012

ESTRUTURAS RECURSIVAS

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Já falámos em tempos do conceito de recursão a respeito da linguagem. Varia com a área em que é usado. Em ciência, arte e tecnologia, é o processo de repetir temas, ou itens, não necessariamente de forma igual, mas semelhante. Conceito relativamente recente e muito em voga, porque o processo é usado em computação; mas é praticado desde os tempos mais antigos, sobretudo na arte e na Matemática. Diz-se que uma estrutura é recursiva se a forma do todo se repete na forma das partes.  
Na arte, há muitos exemplos, sendo Piet Mondrian considerado um clássico da pintura recursiva, de que se mostra um quadro imediatamente abaixo. Mas há outros menos lineares, como a floresta a seguir.



Ainda assim, não é nesses casos que estão as raízes clássicas da recursão na arte. A melhor e mais consistente estrutura recursiva da história da arte é o estilo gótico, com os primórdios no Século XIII. Na entrada deste post, vemos um quadro que exemplifica o desenvolvimento da recursão no planeamento dum edifício gótico.
Curiosamanente, os historiadores de arte raramente se referem à estrutura recursiva, perdendo-se em descrições das características da arte gótica e barroca, descrições que não são mais que modalidades toscas e pessoais de falar de estruturas recursivas; estruturas que, em boa verdade, porque não conhecem, não reconhecem. É o problema clássico das duas culturas de que falava C.P. Snow.
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