segunda-feira, 27 de junho de 2011

CIÊNCIA ÀS GOTAS

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Karim Nader é professor de Psicologia na Universidade de Nova Iorque e, em 2000, realizou um estudo sobre a memória que revolucionou o conhecimento sobre tal área. Resumidamente, segundo o Dr. Nader, a ideia prevalecente até aí, de que a memória é qualquer coisa armazenada no cérebro usada quando recordamos um facto e que fica lá à espera da próxima vez, não corresponde à realidade. Na verdade, cada vez que usamos a memória, o facto volta a ser armazenado, mas de forma diferente, dependendo do contexto psíquico em que foi recordado. A forma original, ou desaparece, ou fica inacessível. Por isso, há testemunhas que contam a história a que assistiram, não do modo como inicialmente memorizaram os factos, mas da forma como a leram no jornal - mudaram inconscientemente.
É perturbante isto, mas abre a porta a intervenção terapêutica útil: a memória pode ser configurada através da recordação dos factos sob enquadramentos diversos, incluindo sob o efeito de medicamentos, como os beta-bloqueantes. E já tem sido isso feito para tratamento do stress pós-traumático. Voilá!
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