sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ALGEMAS COM OLHOS EM BICO

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Uma pilha para o “lelógio” custa na loja do china 50 cêntimos. Num relojoeiro custa entre 3 e 5 euros.  Esta é assim assim, e a primeira é um lixo: mas custa 50 cêntimos, atenção!
Quem não tem dinheiro não tem vícios; quem não tem espingarda caça com fisga; e quem não tem cana, pesca à linha. O ministro, e piloto de kart, Rui Pereira não tem dinheiro, não tem espingarda, e não tem cana. Mas tem uma polícia para equipar! E o que faz o piloto de kart? Compra o equipamento na loja do china. Tal e qual: como eu faço com as pilhas para o “lelógio”.
Então, a PSP comprou 14 mil algemas fabricadas por uma empresa chinesa, por um preço imbatível: 12 euros cada par, 168 mil euros no total. O modelo escolhido oferece, porém, poucas garantias de segurança, diz a imprensa com ar crítico. Essa agora!... O que queriam os jornalistas? A polícia tem algemas de refugo, mas tem algemas. Ou julgam que o ministro, e piloto de kart, não tem outros problemas magnos para resolver, como essa coisa de acertar as contas dos votos das últimas eleições? Não vêem que há um problema matemático nas contas eleitorais que não deixa cabeça para minudências de algemas e similares?
Está o governante mergulhado em cálculos algébricos e entra o Director Nacional da PSP: que não tem algemas, blá, blá, blá. À resposta de que não há dinheiro em caixa, nem crédito, para algemas, o Director Nacional insiste com impertinência: fugiram dois malfeitores recentemente porque as algemas eram lixo, blá, blá, blá.
Olhe, se quer algemas, vá ao china. E não é que foi mesmo! Encomendou 14 mil e comprou. O modelo é desactualizado, é de há 150 anos, pode ser aberto com um alfinete, mas não interessa: tem certificado de qualidade emitido por um fabricante chinês e isso basta ao piloto de kart. Afinal, ele também anda nos carrinhos de choque e não lhe caem os parentes na lama.
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