segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A GUERRA CIBERNÉTICA

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Um destes aviões, oficialmente de reconhecimento mas de facto de espionagem, o EP-3E Aries II da Marinha Americana, em 2001 colidiu com um jacto chinês de intercepção no Mar da China. O aparelho chinês caiu e o piloto morreu. O americano, com 24 militares a bordo, conseguiu aterrar de emergência numa base militar chinesa, sem baixas. Uma bronca diplomática de que  muitos ainda se lembram. A tripulação foi repatriada ao fim de oito dias, mas o avião ficou. A preocupação maior americana era o que podiam os chineses ficar a saber sobre os métodos informáticos de espionagem e que andavam eles a vasculhar na China.

Na altura, o Pentágono disse que a tripulação tinha seguido os procedimentos protocolares para apagar todo o software e destruir o mais possível o hardware. Além do mais, não acreditavam que os chineses fossem capazes de tirar alguma coisa do que tivesse ficado. Mas a pedra ficou no sapato.

Em 2003, afinal, o Pentágono descaiu-se a dizer que não podia garantir não ter sido obtida informação classificada a partir do aparelho. E, em 2008, verificou que a China era capaz de anular procedimentos electrónicos de espionagem americana. Tal significa que o problema vai custar muitos milhões de dólares à América para reformular os métodos de captação de informação, só porque um avião aterrou num aeroporto da China, com boas razões para esta não o deixar sair.

Vivemos na era da informática e é aí que começam a ser travadas as verdadeiras guerras. Tempo virá em que para tomar um país não será necessário disparar um tiro – apenas anular-lhe a capacidade cibernética e assim paralizá-lo .
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