quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A MORTE DOS IMORTAIS

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.Desenho de 1882, por Thomas Shields, representando a interpretação do “Requiem” por Mozart e amigos, na véspera da sua morte.
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No dia 20 de Novembro de 1791, depois de um período em que compôs “A Flauta Mágica”, “La Clemenza di Tito”, o concerto para clarinete, uma cantata, e partes do “Requiem”, Mozart ficou de cama, prostrado, com mãos e pés inchados, vómitos e febre.
Em 4 de Dezembro, vários amigos visitaram-no e tocaram e cantaram parte do “Requiem” juntamente com o compositor. Na tarde desse dia, o estado agravou-se e foi chamado o médico, Dr. Thomas Closset, que lhe aplicou compressas frias na cabeça. Mozart terá tido convulsões e, uma hora depois da meia-noite, já a 5 de Dezembro, morreu. Tinha 35 anos.
No registo do óbito, na Catedral de Santo Estêvão (Figura ao lado), consta, como causa da morte, “Febre miliar grave”, diagnóstico descritivo que não corresponde a doença identificável. Por isso, não sabemos hoje de que morreu este imortal.
Há quem tenha dedicado parte da vida a investigar a causa da morte do compositor, mas não existe informação suficiente para tirar conclusões válidas. O médico francês L.R. Karhausen fez a revisão desses estudos em 1998 e registou 118 hipóteses já avançadas. As mais prováveis são a endocardite (infecção do coração), a septicemia, a tuberculose, hemorragia cerebral, insuficiência cardíaca, e pneumonia.
Mas mais triste do que não conhecer a causa da morte deste génio, é nem sequer saber onde param os seus restos mortais.
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