quinta-feira, 29 de julho de 2010

A EXPIAÇÃO DOS POLÍTICOS


De acordo com crónica de Maria José Nogueira Pinto no DN, D. Carlos de Azeredo, bispo auxiliar de Lisboa, terá dito ou escrito que os políticos católicos deveriam contribuir com 20% do vencimento para o fundo de solidariedade da Igreja Católica. Fiquei a saber que tal obrigação moral representa uma forma de penalização dos políticos, porque não se aplica a outras actividades que geram proventos aos católicos.
Não me apetece defender políticos de todo; sejam católicos, muçulmanos, cientologistas, testemunhas de Jeová, agnósticos, ateus, ou o que quer que sejam. Mas porque penaliza D. Carlos os políticos? A Igreja pode tê-los em fraca conta - eu também - com necessidade de começar já a expiar culpas, ainda quando estão no exercício das ditas. Seja como for, para a Igreja o exercício do poder político, sendo necessidade e obrigação, incluindo dos seus fieis, parece constituir factor inescapável de conspurcação das almas. A tributação do salário é o cilício do Século XXI. Espera-se que não seja o regresso da mercantilização das indulgências de Leão X.
.

Sem comentários:

Enviar um comentário