terça-feira, 20 de abril de 2010

VENHAM OS ANEIS


As árvores, como é notório, crescem em altura e em largura, o que é materializado, entre outras coisas, pelo aumento do calibre do tronco. Este resulta do aparecimento em cada ano de nova camada exterior, o que se consusbstancia na formação de aneis concêntricos visíveis quando se fazem cortes horizontais do tronco. Pois o estudo desses aneis dá informações importantes sobre a data em que foram formados e sobre as condições ecológicas existentes na altura, nomedamente a temperatura ambiente. Este método de estudo dos aneis das árvores chama-se Dendrocronologia. Bonito, não é?
Mas vem isto a jeito de introdução a outro assunto. A Universidade de Belfast é grande especialista nesta ciência e tem arquivos de 40 anos de trabalho, feito em fósseis de árvores antiquiquiquiquíssimas, algumas de 5000 AC. Tal permite, por exemplo, traçar o perfil da evolução da temperatura do Planeta ao longo de enorme período histórico.
Por isso, Douglas Keenan, investigador independente de Londres e céptico do aquecimento global antropogénico, pediu os registos da Universidade em 2007, ao que esta respondeu não. Como quem é militante céptico, geralmente também é obstinado, o Prof. Keenan não ficou calado, mexeu-se e remexeu-se, e o Information Commissioner achou que, de acordo com o Freedom of Information (FoI) Act, a Universidade não podia fazer caixinha com dados de investigação paga por fundos públicos. É a segunda edição da Universidade de East Anglia e do Prof. Phil Jones.
Não tenho, nem ninguém tem, convicções fundamentadas sobre o aquecimento global antropogénico. Nem Al Gore tem. Podem os “crentes” estar cheios de razão, mas até agora é só fé. E não há dúvidas que certos comportamentos levantam suspeitas de trapalhice. Como alguém disse, não há nada pior para uma causa do que ser defendida com argumentos enganadores.
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