segunda-feira, 29 de março de 2010

UM CIDADÃO, UM VOTO


Está a ser transmitido na TV um programa sobre a escola portuguesa e ouço coisas de ficar com o queixo em baixo. Mas deixemos as teorias dos intervenientes no programa e passemos à prática.
Ao mesmo tempo que ouço, leio notícias na Net e o que encontro? Por exemplo, este título:
“Sócrates promete apoios a projectos de associação empresarial para mercados externos”.
E acrescenta o jornalista em jeito de resumo:
“Durante a apresentação de um projecto que une oito empresas portuguesas que procuram equipar hotéis estrangeiros, José Sócrates disse que o sector «estava mesmo a pedi-las» e prometeu dar todo o apoio”.
Este plumitivo não conhece o sentido das imagens que usa. É uma forma de iliteracia insólita num jornalista.
A seguir à notícia vêm dois comentários de leitores. O segundo reza assim:
dalhe socrates enquanto eles se entretem a falar de robalos ate avia um que so gostava de cherne mas todos eles se esqueçeram que o pais existe vem quando lhe cheirou a crize fexaramse todos em copas ja estao a querer apareçer mas ainda estao a espera que tu resolvas os problemas da crise para se aprossimarem
O transcrito é rigorosamente igual ao original, incluindo a pontuação, ou a falta dela. Este leitor, além de não ter percebido absolutamente nada do que leu, escreve da maneira que se vê pela autópsia e não tem nenhuma capacidade de exprimir o que pensa, se é que pensa alguma coisa. É eleitor e, pelo lido, suspeita-se que votou Sócrates.
Recordo alguém que, a respeito dos Estados Unidos, reflectia assim :
Metade dos americanos nunca leu um jornal. Só metade dos americanos vota nas eleições presidenciais. Espero que a metade não seja a mesma.
Pensando bem nisto, fiquei um bocadinho preocupado com o futuro da Pátria! Espero que Sócrates não seja eleito por algumas das pessoas que participavam no programa de TV acima referido, que se esqueçeram que a crize se aprossimava.
Haja Deus!

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