domingo, 21 de março de 2010

A CANÇÃO DO CUCO

O cuco e a sua fêmea são seres aberrantes. Dias antes da postura, a fêmea vigia os movimentos de um casal de aves insectívoras. Aproveita a ausência deles e põe o ovo no ninho. Escolhe o casal por a fêmea ser parecida com a que a criou. Esta vai chocar o ovo e, quando nasce o cuco, ao fim de dez horas de vida começa a atirar para fora do ninho os filhos do casal hospedeiro, ou os ovos se os filhos ainda não nasceram, até ficar só e receber toda a atenção da mãe emprestada. Em pouco tempo, o “filho” fica maior que a “mãe”.
Como foi que a selecção natural permitiu a sobrevivência de um traste destes? Ninguém percebe! Mas eles aí estão e até são objecto de algum carinho por parte do homem. Será porque não faltam “cucos” na humanidade?
A música “Canção do Cuco” é da autoria do compositor alemão Michael Praetorius, que viveu entre 1571 e 1621. O arranjo e interpretação são do músico inglês Mike Oldfield. O relógio é meu.

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